Por Fabrício Brandão

Por Fabrício Brandão

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Profissão, PROFESSOR

Não é segredo que em todo 15 de outubro comemora-se o DIA DO PROFESSOR. Creio não ser necessário, nesta data, romantizar sobre essa profissão. Isso porque o seu exercício está para além da assunção de uma postura romântica. Não quero evidenciar que a prática pedagógica deva estar desvinculada de atos de amor, de compaixão e de solidariedade. Deve, sim! Como estes devem estar presentes em qualquer forma de relação humana, seja ela profissional ou não. Exponho isso porque o PROFESSOR necessita mais é ser reconhecido como aquele profissional que assume papel fundamental no contexto da sociedade ao contribuir para a formação das gerações que vão se sucedendo e assumindo lugar no bojo desta mesma sociedade.

Formar é para poucos! É para poucos porque implica conter em si capacidades peculiares que vão desde o autocontrole emocional até o saber colocar-se no lugar do outro. Sem contar com o preparo tão necessário para apresentar o conhecimento na exata medida de cada um observando níveis de aprendizagem e para adotar uma postura ética na comunhão de valores considerando um mundo onde prevalece o embate axiológico.

A profissão, PROFESSOR, exige a disponibilidade para inserir-se em múltiplos contextos porque múltiplas são as realidades vivenciadas por aqueles que serão sujeitos de sua ação. Exige a prática rigorosa do método que redunda, em última instância, na produção social do conhecimento. Exige a apropriação da práxis no desenrolar do processo de ensino-aprendizagem tão fundamental para a revisão dos caminhos percorridos que acabam por apontar a mudança de rumos. Exige, ainda, possuir aquele espírito curioso imprescindível para o desenvolvimento da pesquisa.

Por tudo isso, ser PROFESSOR é para poucos! É para poucos porque responsabilizar-se pela formação do outro e preparar-se para tanto numa atualidade em que prevalece o individualismo não é o sonho de muitos. Quanto mais quando o valor social da profissão definhou-se história afora.

Mesmo assim, PROFESSORES que somos no exercício de uma profissão tão relevante para o desenvolvimento humano - e temos consciência disso -, encontraremos a exata medida de nossa valorização. Porque muito mais que transmissores de conhecimento - há aqueles que como tal nos consideram - somos um pólo importante na transformação da história que constitui-se dia após dia. A coletiva e a nossa própria.

Bom dia do PROFESSOR!

2 comentários:

  1. Como sempre ,você foi muito pertinente na homenagem ao nosso dia.
    Fico feliz que você tenha passado pelo meu caminho e deixado uma grande contribuição na minha formação!!!!!!!!!!!!!!!
    Te admiro muito!

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  2. Cara Elizangela, formamo-nos mutuamente. Tenha certeza que você, naquele instante como aluna, também contribuiu muito para o meu processo de formação. Afinal, também aprende quem dispõem-se a ensinar.

    Agradeço pelo reconhecimento!

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