Por Fabrício Brandão

Por Fabrício Brandão

terça-feira, 22 de junho de 2010

O berço da desigualdade

SALGADO, Sebastião; BUARQUE, Cristovam. O berço da desigualdade. Brasília: UNESCO, 2005.

Sebastião Salgado e Cristovam Buarque demonstraram no livro, “O berço da desigualdade”, por meio do registro fotográfico e de textos indutores, a crise que permeia a educação mundial. Imagens comoventes e ao mesmo tempo reais que expõem como a desigualdade social deixa um legado de miséria e de precariedade na oferta de um direito universal, a educação. Para os autores, “o berço da desigualdade está na desigualdade do berço”. Constatação que torna-se óbvia para todo aquele que se dispuser a fazer uma análise da conjuntura socioeconômica mundial em que há um fosso separando ricos e pobres, similar a uma “cortina de ouro”. A obra, apesar de apresentar imagens inquestionáveis quanto à carência de recursos no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e na própria materialização da vida, aponta para o fato de que o homem, em que circunstância for, é um sujeito em formação. Sujeito esse que, em comunhão com os seus pares, educa-se. De igual forma, ela incita-nos a idealizar um mundo diferente. Um mundo que seja mais justo e humano. Um mundo onde as oportunidades sejam iguais e o berço da desigualdade substituído pelo “berço da semelhança reconstruída”. Sabe-se que uma distância separa o mundo real daquele ideal. Todavia, quanto menor ela tornar-ser mais próximos estaremos daquele idealizado. Para isso deveremos mobilizar esforços, tal como propõe Sebastião Salgado e Cristovam Buarque.

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