Por Fabrício Brandão

Por Fabrício Brandão

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Clarice Lispector, fragmentos...

Será que há quem não goste da literatura de Clarice Lispector? Se essa pessoa existe decisivamente não sou eu. Escritora que procura através de seus textos ir para além do cotidiano desvendando o que de mais profundo há na alma. Sobre o amor pode-se abstrair no conto “O ovo e a galinha”:

“A um certo modo de olhar, a um jeito de dar a mão, nós nos reconhecemos e a isto chamamos de amor. E então não é necessário o disfarce: embora não se fale, também não se mente, embora não se diga a verdade, também não é necessário dissimular. Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque o amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões. Há os que se voluntariam para o amor, pensando que o amor enriquecerá a vida pessoal. É o contrário: amor é finalmente pobreza. Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor. [...]”

Singelo, profundo e verdadeiro...

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