Por Fabrício Brandão

Por Fabrício Brandão

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Uma chance para o destino

Escrevi aqui certa vez sobre o acaso e o destino. Considerei três condutas que podem se manifestar frente a essas “potências misteriosas”. Uma cética, outra dogmática e uma terceira crítica. Não expus verdades absolutas porque não as considero. Convivo com aquelas que sempre serão provisórias. Mas ainda assim, ratifico a linha de raciocínio desenvolvida naquele momento e que faz-se presente no texto “Acaso e Destino”.

Resolvi retomar a questão depois de ter presenciado um fato que acontecia para o qual aconselhei. Na íntegra o meu conselho:

- Dê uma chance para o destino!

Nada mais. O conselho fora esse. Curto, direto, mas cheio de significado. Afirmo isso porque dele redundou a grata surpresa de um encontro.

Após o aconselhamento e seu resultado, automaticamente pensei na força incompreendida do destino e na sua influência sobre o ser humano. Por mais que sejamos donos da nossa vida e idealizadores do nosso futuro, e creio plenamente que o somos, às vezes o inesperado acontece e concede ao instante outra cor. Seja por influência daquilo que prevíamos ou não. De resto, o que fica é que o destino sempre trabalhará proporcionando encontros e desencontros. A grande questão é que nós, por vezes, não acreditamos nos sinais que o cotidiano nos dá. Não consideramos a presença do imprevisível nas nossas relações, mesmo que este assuma uma força complementar. E, em assim sendo, não oportunizamos a materialização daquilo que está por vir. O certo seria que o oportunizássemos, porque se muito do que nos acontece é fruto da própria condução de nossa vida por nós mesmos, outra parte é mistério que a nós se impõem por parte daquilo que não conhecemos e, portanto, prevíamos.

O achado, então, é dar uma chance para o destino. Assim, o desconhecido somado àquilo que se conhece permitirá sermos aquilo que tão verdadeiramente desejamos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente