Este é um espaço destinado ao livre pensar. As ideias só fluem mediante a manifestação do ócio e da necessidade de dar asas às perguntas que tão rotineiramente nascem. O cotidiano é uma escola e a escola insere-se nele. Scholé, então, passa a ser um espaço da reflexão. De temáticas escolares e cotidianas. Afinal, cotidiano e escola devem associar-se na exata medida em que associam-se homem e educação. Educação aqui compreendida como o maior instrumento a serviço da transformação.
Por Fabrício Brandão
Por Fabrício Brandão
sábado, 19 de junho de 2010
Música e educação
No último dia 17, o renomado pianista e agora maestro João Carlos Martins, esteve em nossa cidade para o lançamento do projeto “A música venceu”, que oferece aulas de flauta e violino há aproximadamente 120 (cento e vinte) alunos da Escola Municipal Governador Israel Pinheiro, em parceria com a ArcelorMittal e Prefeitura Municipal. Os objetivos do projeto balizam-se em três pilares: despertar o gosto pela música erudita; contribuir para a formação de possíveis músicos amadores ou profissionais; e descobrir talentos, como bem diz o próprio maestro, quem sabe diamantes. Na sua passagem por aqui, que se dividiu em dois momentos, um na própria escola com apresentação exclusiva para os alunos e outro no Teatro Prefeito Antônio Gonçalves, do Centro Educacional de João Monlevade, em um concerto com a Orquestra Bachiana Jovem, João Carlos Martins deu mostras de como a música pode contribuir para a formação humana. Simples, simpático e comprometido com o outro, o maestro encantou a todos em apresentações cheias de emoção. Emoção que se prolongou com a presença do jovem tenor, Jean William, que o acompanhou e soltou a voz em músicas como “My Way”, de Frank Sinatra. Linda apresentação. Fez bem para a alma e para o coração. Sua presença indicou para nós que a arte tem sim um caráter educativo. Disciplina, desenvolve habilidades, mas, acima de tudo, torna as pessoas mais sensíveis e melhores.
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Caro Amigo Fabrício,
ResponderExcluirnão tive o priviléio de estar presente à apesentação do renomado Maestro João Carlos.
O motivo: assim como outras pessoas não consegui ingresso, mesmo procurando antecipadamente.
Uma apresentação em um local fechado, se desejarem, torna o público mais seleto.
Se a música e a educação contribuem para a formação do homem, porque então não fizeram na Praça do Povo ou no Estádio Louis Ensch, privilegiando todos os cidadãos?
Muito legal o lançamento do projeto “A música venceu”, mas música e educação para vencer tem que ser para todos, em UNÍSSONO.
Duas sugestões: se houver próximos, que façam para todos, mesmo que o local, no princípio, esteja vazio (exemplo foi a bicicletada do Lions Club na semana do Meio Ambiente), se houver uma ou duas pessoas já valerá; e se alguém filmou as duas apresentações do Maestro em João Monlevade, projetá-las para a população começar a buscar CULTURA.
Grande Abraço.
Marcelinho
Caro Marcelo,
ResponderExcluirEstou plenamente de acordo quando você afirma que a música e a educação precisam caminhar em uníssono e que sua democratização passa pela sensibilização e alcance de todos. Acredito que podemos, sim, levar arte e cultura a todos os cidadãos, seja como forma de entretenimento seja como forma de produção. Hoje, temos procurado incentivar nas escolas municipais o envolvimento de crianças e jovens com a arte, em especial com a música. Reconhecemos que ainda é pouco. Mas como nunca fora hábito, penso estarmos começando uma caminhada. De toda forma, concordo plenamente, arte, cultura e educação devem estar ao alcance de todos.
Forte abraço!